Em meio a tensão política latente, o Armada lançou nesta quarta-feira (4) o EP intitulado “Ditadura Assassina”. O novo trabalho marca o posicionamento da banda em relação ao revisionismo histórico empregado por uma ala conservadora que tem crescido no país nos últimos anos. “A ditadura militar brasileira foi cruel e assassina, sim! E é uma vergonha ver figuras políticas louvando torturadores e pedindo a volta do AI-5. É triste ver uma parte da população pedir intervenção militar no Brasil”, diz o vocalista Henrike Baliú.
Composto pelas faixas “Nas Trincheiras” e “A Rua de Trás”, “Ditadura Assassina” já está disponível nas principais plataformas de streaming e também em vinil 7 polegadas colorido pela gravadora Neves Records, com lançamento que será marcado por um show acústico gratuito no próximo sábado (7) na capital paulista.
A arte assinada pelo ilustrador brasiliense Paulo Rocker mistura história em quadrinhos com referências que remetem aos tempos de exceção no país. A capa é uma releitura de uma fotografia que estampou os jornais na época, os integrantes da Armada são apresentados em fichas que lembram as do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) e as letras de cada uma das músicas aparecem em documentos vetados pela censura.
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